segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

As injecções



Esta é uma das acções que qualquer diabético insulino-dependente faz, a toma das injecções de insulina. Eu vou falar da minha experiência, raramente apanho carocitos das injecções, mas quando isso me acontece é porque andei a picar quase no mesmo sítio, não se deve fazer, há que haver uma rotação de sítios para a insulina, mas acontece, eu quase sempre dou na barriga ou de lado, como se vê na foto. Nas pernas e braços custa-me mais, mas nos braços até vai uma de vez em quando. É preciso é nunca esquecer as rotações.

NOVIDADE

UMA NOVIDADE! Disseram que a bomba de insulina , que actualmente custa muito dinheiro, irá ser comparticipada em breve, talvez a 100% , é um excelente progresso para os diabéticos. A garantia foi dada em primeira mão ao Destak pelo Ministério da Saúde. A medida, já aplicada em muitos países europeus, vai fazer com que «alguns dos diabéticos portugueses de tipo I, que são no total 65 mil, deixem de pagar 3500 euros por uma bomba de insulina e custos mensais de aproximadamente 150 euros», num total de 1800 euros por ano, adiantou ao Destak o presidente da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal. Esta melhoria do controlo da doença traduz-se em menor incidência de complicações agudas e crónicas associadas à diabetes, como a cegueira, insuficiência renal, a amputação dos membros, ou doenças cardiovasculares.




Bomba de insulina

A bomba de insulina é um pequeno dispositivo electrónico que contém um reservatório com insulina de acção rápida e que ligada a um tubo fino conduz a insulina até um cateter colocado debaixo da pele, que terá de ser substituído de 3 em 3 dias. Desta forma, consoante as refeições, a actividade física, o stress, o diabético pode variar a quantidade de insulina administrada sem necessidade de picadas. A diabetes do tipo 1 é uma doença para toda a vida, que se desenvolve quando o pâncreas pára de produzir a insulina de que o corpo precisa e, consequentemente, os níveis de açúcar no sangue sobem. Os diabéticos do tipo 1 necessitam de receber tratamento com insulina para sobreviverem. Segundo os dados da Federação Internacional da Diabetes, a diabetes afecta 246 milhões de pessoas a nível mundial e prevê-se que este número atinja os 380 milhões em 2025. Todos os dias são diagnosticadas 200 novas casos de crianças com diabetes tipo 1 e estima-se que, em todo o mundo, mais de 440 mil crianças com menos de 14 anos têm diabetes tipo 1. Em Portugal existem cerca de 650 mil portugueses diagnosticados com diabetes. Estima-se que 65 mil portugueses sejam diabéticos tipo 1. Esta seria uma hipótese para muitos de nós, quando for comparticipada.



Estudo italiano analisou qualidade de vida dos doentes Um estudo realizado em Itália analisou a qualidade de vida de 1341 diabéticos de tipo I e concluiu que os doentes submetidos à terapia com bomba de insulina vivem com menos restrições motivadas pela diabetes do que aqueles que têm de sujeitar-se às injecções diárias. Os resultados obtidos no estudo Equality I são muito semelhantes à realidade portuguesa. A análise Italiana aferiu que as restrições normalmente associadas à diabetes, designadamente em termos de regime alimentar e dos episódios de hipoglicemia (40 por cento inferior nos doentes que se submeteram à terapia com a bomba de insulina), concorrem para a insatisfação dos doentes diabéticos, e que no caso dos que utilizam o novo método o descontentamento em relação ao tratamento é 70 por cento menos incisivo. No âmbito do estudo foram constituídos dois grupos de doentes: 481 receberam tratamento com a bomba e 860 foram tratados com as múltiplas injecções diárias. Antonio Nicolucci, médico director do Laboratório de Epidemiologia Clínica de Diabetes e Cancro do Instituto Mario Negri Sud de Chieti, em Itália, declarou, a propósito destes dados, que “a terapia com a bomba de insulina resultou numa redução do número de episódios hipoglicémicos, produzindo um efeito positivo sobre a qualidade de vida dos doentes, e mesmo aqueles que têm diabetes complicadas e difíceis de controlar ficaram satisfeitos quando utilizaram a bomba de insulina”. De acordo com os dados mais recentes da Federação Internacional da Diabetes, que o farmacia.com.pt já ventilou num artigo publicado há dias, actualmente haverá, à escala mundial, cerca de 246 milhões de pessoas, prevendo-se que o número de diabéticos possa atingir os 380 milhões em 2025. Todos os dias são diagnosticados 200 novos casos de crianças com diabetes de tipo I e estima-se que mais de 440 mil jovens com menos de 14 anos têm aquela doença. Em Portugal existem cerca de 650 mil portugueses diagnosticados com a doença, 10 por cento dos quais com a sua forma mais grave, para a qual não existe prevenção.


O início da minha diabetes há 22 anos!



O início da minha diabetes há 22 anos . Sou diabética, descobri quando fiz umas análises, estava grávida de 2 meses, mais ou menos. Eu comia muitos doces, bebia muito e urinava mais ainda, 3 dos sintomas típicos de um pré-diabético. A minha mãe ficou super preocupada, não sabíamos muito bem o que era uma verdadeira diabetes, não tínhamos ninguém na família, nem amigos, apesar que a minha tia Lucinda já tinha falado qualquer coisa desta doença à minha mãe, porque a tia dela, também tinha essa doença, mas nunca ligámos nada. O médico disse-nos que eu tinha a glicemia a mais de 500. Já saí do consultório com a insulina para tomar, foi um pânico, agulhas diariamente, como era possível e grávida. Mas o médico disse que teria de ser assim, senão, tudo poderia ser mau, eu e o bebé. Tive uma gravidez de risco, bem acompanhada. A minha vida alterou 100%, a nível de alimentação, medicação, tudo. Na altura vivia em Aveiro, comecei a ser seguida numa médica em Coimbra, uma das melhores do país na altura, agora já não exerce. Seu nome Maria Helena Saldanha, nunca me esqueci, era um anjo.

Tive um parto normal, apesar da doença, também era muito nova, tudo era mais fácil, a insulina acompanha-me sempre desde essa ida ao médico, há 22 anos que é a minha companheira e amiga, sim, amiga, porque me mantém viva e sem mazelas ainda. Andei por vários médicos de diabetes, ia andando, mas sempre com glicemias mais altas do que baixas, eu não conseguia controlar a minha doença, foi-me muito difícil, tive algumas retinopatias, mais no olho esquerdo, levei laser, comecei por 6 em 6 meses, depois uma vez por ano, entretanto disseram-me que havia a APDP (associação de diabetes) em Lisboa e que eram excelentes, realmente são, marquei a primeira consulta e fui sempre seguida, até a nível de oftalmologia, ia sempre lá de 6 em 6 meses. Melhorei bastante, mas ainda não estava como eu queria. Entretanto há cerca de 3 meses o meu marido destaca do serviço de Aveiro para Lisboa, viemos morar de vez para cá, vim a saber que através da Marinha, haviam consultas de diabetes e que a médica que estava lá era "milagrosa" , um colega do meu marido é que lhe tinha informado que andava lá e tinha melhorado 300% . Ora eu estando cá, fui logo marcar a consulta e esperei para ver os resultados. Eu sei que não são só os médicos que tem que fazer o dito "milagre", o doente tem que ajudar e fazer tudo como manda a lei, mas, há médicos e médicos, não desfazendo da APDP, gostei mesmo muito desta médica.

Como disse anteriormente, a minha nova médica do hospital da Marinha é 5 estrelas, esqueci-me de referir anteriormente que a minha hemoglobina A1C, andava sempre alta, atingiu os 9, posso dizer que agora, estou com 7 ponto 8, é um valor melhor, quero baixar dos 7, é o recomendado, penso que o grande mérito , foram as várias tentativas de estudar o meu organismo, comecei com uma alimentação mais cuidada, já devia ter feito isso, mas , fui desanimando, depois mudou-me alguns tipos de horários da minha insulina , lenta e rápida, fez-me registar toda a minha alimentação, horários e todas as alterações que acontecessem. Marcou-me consulta para a semana seguinte e lá fui eu, ainda não estava bem, decidiu que precisava de mudar para a insulina nova a LANTUS, um espectáculo, voltei lá passado 15 dias, estava um pouco melhor, mas não tão bem como a médica queria. Então qual era o problema? Eu, anteriormente comecei com a Lantus á noite, ao deitar, mas passei a tomá-la de manhã, o meu organismo reagiu muito bem, melhorei a olhos vistos, esta médica não deixa andar, ela manda-nos á luta, dá-nos alternativas, opções, alterações, não pára enquanto tudo não estiver bem.