segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bomba de insulina

A bomba de insulina é um pequeno dispositivo electrónico que contém um reservatório com insulina de acção rápida e que ligada a um tubo fino conduz a insulina até um cateter colocado debaixo da pele, que terá de ser substituído de 3 em 3 dias. Desta forma, consoante as refeições, a actividade física, o stress, o diabético pode variar a quantidade de insulina administrada sem necessidade de picadas. A diabetes do tipo 1 é uma doença para toda a vida, que se desenvolve quando o pâncreas pára de produzir a insulina de que o corpo precisa e, consequentemente, os níveis de açúcar no sangue sobem. Os diabéticos do tipo 1 necessitam de receber tratamento com insulina para sobreviverem. Segundo os dados da Federação Internacional da Diabetes, a diabetes afecta 246 milhões de pessoas a nível mundial e prevê-se que este número atinja os 380 milhões em 2025. Todos os dias são diagnosticadas 200 novas casos de crianças com diabetes tipo 1 e estima-se que, em todo o mundo, mais de 440 mil crianças com menos de 14 anos têm diabetes tipo 1. Em Portugal existem cerca de 650 mil portugueses diagnosticados com diabetes. Estima-se que 65 mil portugueses sejam diabéticos tipo 1. Esta seria uma hipótese para muitos de nós, quando for comparticipada.



Estudo italiano analisou qualidade de vida dos doentes Um estudo realizado em Itália analisou a qualidade de vida de 1341 diabéticos de tipo I e concluiu que os doentes submetidos à terapia com bomba de insulina vivem com menos restrições motivadas pela diabetes do que aqueles que têm de sujeitar-se às injecções diárias. Os resultados obtidos no estudo Equality I são muito semelhantes à realidade portuguesa. A análise Italiana aferiu que as restrições normalmente associadas à diabetes, designadamente em termos de regime alimentar e dos episódios de hipoglicemia (40 por cento inferior nos doentes que se submeteram à terapia com a bomba de insulina), concorrem para a insatisfação dos doentes diabéticos, e que no caso dos que utilizam o novo método o descontentamento em relação ao tratamento é 70 por cento menos incisivo. No âmbito do estudo foram constituídos dois grupos de doentes: 481 receberam tratamento com a bomba e 860 foram tratados com as múltiplas injecções diárias. Antonio Nicolucci, médico director do Laboratório de Epidemiologia Clínica de Diabetes e Cancro do Instituto Mario Negri Sud de Chieti, em Itália, declarou, a propósito destes dados, que “a terapia com a bomba de insulina resultou numa redução do número de episódios hipoglicémicos, produzindo um efeito positivo sobre a qualidade de vida dos doentes, e mesmo aqueles que têm diabetes complicadas e difíceis de controlar ficaram satisfeitos quando utilizaram a bomba de insulina”. De acordo com os dados mais recentes da Federação Internacional da Diabetes, que o farmacia.com.pt já ventilou num artigo publicado há dias, actualmente haverá, à escala mundial, cerca de 246 milhões de pessoas, prevendo-se que o número de diabéticos possa atingir os 380 milhões em 2025. Todos os dias são diagnosticados 200 novos casos de crianças com diabetes de tipo I e estima-se que mais de 440 mil jovens com menos de 14 anos têm aquela doença. Em Portugal existem cerca de 650 mil portugueses diagnosticados com a doença, 10 por cento dos quais com a sua forma mais grave, para a qual não existe prevenção.